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Resenha: As Brumas de Avalon - A Grande Rainha (Livro 2), de Marion Zimmer Bradley

As Brumas de Avalon 28 de março de 2010 Aline T.K.M. 10 comentários

Resenha de As Brumas de Avalon: A Grande Rainha (livro 2), de Marion Zimmer Bradley

Logo no início de As Brumas de Avalon – A Grande Rainha, nasce o filho de Morgana no Norte, junto a Morgause e Lot, sendo por eles criado como um filho adotivo – mais como uma estratégia de Morgause, já que ela e o marido tinham a ambição de que um de seus filhos herdasse o trono de Artur.

Vamos trocar livros!

Blogando 25 de março de 2010 Aline T.K.M. 9 comentários

Hoje resolvi falar de dois sites que tenho usado ultimamente. São sites que promovem trocas de livros entre os usuários cadastrados e, como tomei conhecimento deles recentemente, falarei aqui sobre as minhas primeiras experiências utilizando-os.

Trocando Livroshttp://www.trocandolivros.com.br/
É simples: você cadastra os livros que quer trocar e espera até que alguém solicite algum dos seus livros. Ao receber a solicitação, você envia o livro e, com isso, ganha 1 crédito, que pode ser utilizado para solicitar qualquer livro que esteja disponível no site. Gostei muito, já que oferece ampla variedade de escolha de livros. Fiz 3 trocas através do site, sendo que uma delas foi cancelada porque o proprietário do livro que solicitei não o enviou dentro do prazo estabelecido. E, ainda assim, fiquei satisfeita: o crédito me foi devolvido rapidamente e pude solicitar outro livro de minha escolha. Recebi os livros conforme combinado. Fácil, prático, organizado e confiável; portanto, altamente recomendado!

Livra Livrohttp://www.livralivro.com.br/
Você cadastra os livros que quer trocar, marca os livros que tem interesse em adquirir, e o próprio site é quem sugere as trocas. Por exemplo, se algum usuário tem disponível um livro que você quer adquirir e procura um livro que você disponibiliza para troca, então o site possibilita que a troca seja feita. Não gostei, já que as chances de trocas são bem menores, e a variedade é limitada. Ou seja, para que eu possa trocar algum livro dependo da coincidência de alguém que tem um livro que eu quero procurar justamente um livro que eu disponibilizei. No entanto, consegui fazer duas trocas. Porém na primeira recebi um livro bem velhinho, remendado com durex nas laterais, e que demorou bastante para chegar. Claro que o estado dos livros não depende do site, e há um espaço para denúncia por recebimento de livros em más condições. Ainda assim, só recomendaria o Livra Livro como segunda opção, caso você tenha alguns livros que não consiga trocar através de outros meios, se bem que acho um pouco difícil que o sistema de trocas do Livra Livro vá ajudar neste caso, já que é necessário haver coincidência entre livro disponibilizado e desejado. Mas, não custa tentar...

Além desses, conheço outros dois sites, porém nunca os utilizei: Livro Livre (este eu acho que não usaria, não me agrada a ideia de “esquecer” um livro meu em algum lugar e não ter certeza se foi realmente encontrado) e Book Mooch (que possibilita trocas internacionais).

Imagino que todos vocês devem já conhecer estes sites e saber seus pontos fortes e fracos, mas achei legal descrever minhas experiências mesmo assim. Também gostaria de fazer um pedido: se vocês conhecem/utilizam outros sites para trocar livros, por favor, me falem! =)

Resenha: As Brumas de Avalon – A Senhora da Magia (Livro 1), de Marion Zimmer Bradley

As Brumas de Avalon 22 de março de 2010 Aline T.K.M. 7 comentários

As Brumas de Avalon: A Senhora da Magia, de Marion Zimmer Bradley - Livro 1

Há cerca de cinco anos despertou em mim uma imensa vontade de ler os volumes que compõem As Brumas de Avalon. Porém, sem um motivo muito consciente (talvez fosse por causa de outros livros que me apareciam de forma repentina), sempre acabava por postergar a compra e a leitura desta obra. Então, graças a uma promoção, comprei de uma vez os 4 volumes por um preço para lá de atraente.

As Brumas de Avalon reconta a lenda do rei Artur sob a perspectiva feminina (sacerdotisas de Avalon e as mulheres de Camelot). A tentativa de unificação da Bretanha contra a invasão dos saxões e os conflitos entre o cristianismo e os cultos pagãos se fazem muito presentes como base para toda a trama.

Incomodada ficava a sua avó [Lula Vieira]

Ediouro 16 de março de 2010 Aline T.K.M. 3 comentários

Apesar de ser formada em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, raras vezes me vi interessada em um livro sobre o tema. Cheguei a ler umas poucas “partes importantes” de alguns livros, conforme a necessidade para trabalhos e provas da faculdade. E só. Até que chegou às minhas mãos este livro aí ao lado, Incomodada Ficava a sua Avó; desde que o li, ocupa o posto de um dos únicos livros que gostei – e que li inteiro – acerca do tema Propaganda.

“Anúncios que marcaram época e curiosidades da propaganda”. Como diz o subtítulo, o livro é composto por uma coletânea de anúncios antigos acompanhados por crônicas bem-humoradas do renomado publicitário Lula Vieira, publicadas no Jornal do Commercio. Mas o que torna este livro tão atraente é que, através dos anúncios, mostra um verdadeiro reflexo do que era a sociedade brasileira e seus costumes nas décadas de 20, 30, 40,...

Surpreende ver como o preconceito por vezes aparecia de forma natural nos anúncios (coisa que não seria aceita com bom humor nos dias de hoje), a forma cruel com que os anúncios se dirigiam aos gordos, e o glamour e a elegância do hábito de fumar (chegando ao absurdo de se anunciar que determinado cigarro não afetava negativamente o organismo). É também bastante interessante ver os anúncios publicados durante a Segunda Guerra Mundial, em que diversas empresas paravam momentaneamente sua produção habitual para dedicar-se unicamente à produção de equipamentos para as Forças Armadas, fazendo com que determinados produtos se tornassem impossíveis de serem adquiridos. Um anúncio da Philco, por exemplo, dizia que os esforços para a guerra trariam algum bem para a humanidade, já que “os laboratórios da Philco estão realizando milagres na ciência eletrônica, muitos dos quais têm direta aplicação em produtos de tempo de paz”. Já a fabricante de máquinas de escrever Smith Corona, orgulhosamente, dizia que “os que atualmente possuem as máquinas L C Smith estão de sorte”, uma vez que “eles sabem que as suas L C Smiths durarão todo o período da guerra com o mínimo de serviços de reparação”.

O livro nos faz viajar por épocas em que os anúncios falavam ao público de forma rebuscada, com textos que divertem ao serem lidos atualmente. Você por acaso imaginaria que ao utilizar os Batons Michel seus lábios ganhariam “repentinamente a suavidade e a brandura dos lábios de uma menina”? Ou então, que o mesmo produto na tonalidade Amapola daria a seus lábios “o poder cativante da formosura divina”? Eu realmente gostaria de saber que poder é este!

Outra característica muito presente nos anúncios de tempos antigos é a presença de promessas impossíveis na forma de produtos milagrosos, capazes de curar 2.578 enfermidades, garantindo uma velhice feliz e saudável. Para as mulheres havia a Pasta Russa, que prometia levantar e “reativar” os tecidos dos seios (silicone para quê, não é mesmo?), uma vez que seios bonitos “são o tesouro mais precioso da mulher”, conforme dizia outro anúncio da época. Já para os homens, o fantástico Potentol garantia o equilíbrio das funções orgânicas, sendo a função sexual a mais importante; tudo muito bem dito e finalizado com as seguintes palavras: “Potentol dá alegria a uma vida triste”.

E a diversão continua com os anúncios de desodorantes, com clara intenção didática, em uma época em que seu uso era quase desconhecido. Merecem especial destaque os anúncios da Coca-Cola, com seus layouts bonitos e bem acabados, e a aparentemente impossível tarefa de introduzir a bebida no mercado brasileiro.

Enfim, poderia continuar falando dos anúncios por horas! É um livro que merece ser lido e que garantirá boas risadas, surpresas e momentos de nostalgia (no meu caso, uma nostalgia curiosa que costumo sentir às vezes... sabe aquela “saudade” de épocas que não vivemos?). Durante a leitura é possível notar como vários anúncios, criados há muitas décadas atrás, ainda são bastante atuais e funcionariam nos dias de hoje, não fosse um ou outro detalhe. É um livro para todos, independentemente se possuem alguma ligação ou prévio conhecimento em Publicidade e Propaganda. Os capítulos possuem títulos aleatórios, simplesmente agrupando as crônicas por assunto. Os anúncios não são apresentados em ordem cronológica, e nem os temas são abordados de forma muito aprofundada. Como diz o autor, “é uma conversa aberta sobre propaganda, onde o assunto principal serve como fio condutor, como pontapé inicial”.

É um livro muito agradável de ser lido, com textos curtos e muitas imagens. Mas ao contrário do que podem pensar, não o li em um só fôlego, mas o fiz de forma gradual e contínua, mantendo-o em minha cabeceira durante boas semanas. Todo noite eu o pegava e consumia uma pequena dose diária do mix de informação/curiosidades/humor que o livro oferece. E posso dizer que o resultado foi satisfação garantida!

Em tempo: esclarecendo o nome do livro, “Incomodada ficava a sua avó” é o título (em forma de trocadilho) de um anúncio de absorvente íntimo, já que antigamente não se referia à menstruação de forma direta – o período menstrual era chamado de “incômodo”. Com a criação dos novos absorventes íntimos, segundo o autor, “o lançamento de um deles marcava a diferença das duas épocas, dramatizando a diferença da atitude e da própria linguagem”.

Finalizo aqui com um trecho de uma das crônicas que compõem o livro:
“Acredito que entre as coisas que o mundo moderno esqueceu, o pó-de-arroz é uma das perdas mais dramáticas. Sem ele é muito mais difícil e caro fazer ‘sua presença maravilhosa nos footings elegantes, nos salões e no convívio aristocrático’. Aliás, junto com o pó-de-arroz, acabou também esse tal de convívio aristocrático democrático e universal. Já delirando – efeito do pó – eu diria que o desaparecimento do pó-de-arroz em nossa sociedade é a causa de toda a desigualdade social. Afinal, como se vê nos anúncios, para se freqüentar ‘os theatros e casinos’, bastava usar um pouco de pó-de-arroz.”

Título: Incomodada Ficava a sua Avó
Autor(a): Lula Vieira
Ano da obra: 2003

Resenha: As Intermitências da Morte, de José Saramago

Companhia das Letras 12 de março de 2010 Aline T.K.M. 12 comentários

Resenha do livro: As Intermitências da Morte, de José Saramago

“No dia seguinte ninguém morreu. O facto, por absolutamente contrário às normas da vida, causou nos espíritos uma perturbação enorme, efeito em todos os aspectos justificado, basta que nos lembremos de que não havia notícia nos quarenta volumes da história universal, nem ao menos um caso para amostra, de ter alguma vez ocorrido fenómeno semelhante, passar-se um dia completo, com todas as suas pródigas vinte e quatro horas, contadas entre diurnas e nocturnas, matutinas e vespertinas, sem que tivesse sucedido um falecimento por doença, uma queda mortal, um suicídio levado a bom fim, nada de nada, pela palavra nada. Nem sequer um daqueles acidentes de automóvel tão frequentes em ocasiões festivas, quando a alegre irresponsabilidade e o excesso de álcool se desafiam mutuamente nas estradas para decidir sobre quem vai conseguir chegar à morte em primeiro lugar.”


O que mais me atraiu no livro As Intermitências da Morte, além do fato de ser do escritor português José Saramago, foi a sensação de calamidade que a trama nos apresenta desde o início. Imaginem o que aconteceria em um país se a morte simplesmente parasse de matar? Pois foi exatamente isto o que aconteceu e, óbvio, me deixou com uma curiosidade (esta sim, mortal) para devorar as seguintes páginas.

O Diário de Anne Frank [Anne Frank]

Anne Frank 7 de março de 2010 Aline T.K.M. 8 comentários


Você se lembra do primeiro livro que leu? E que tal o livro mais velhinho aí na sua estante?
Eis o meu post para a Brincadeira Literária:

Não me lembro com exatidão se este foi o primeiríssimo dos livros não infantis que li, mas certamente ocupa uma das primeiras posições. E sim, ele também ocupa o lugar de livro mais velhinho na minha estante atualmente. Este livro é O Diário de Anne Frank. A edição que tenho é bem velhinha e fiz questão de colocar ao lado a capa dela, aliás, nunca vi outro com esta mesma capa. Na verdade, este livro era da minha mãe, e foi ela quem me incentivou a lê-lo, mas desde bem mais nova eu já tinha adotado com fervor o hábito da leitura. Lembro que quando minha mãe me mostrou o livro e sugeriu que eu o lesse, fiquei bastante atraída pelo tema e por ser o relato de uma menina e, de fato, foi um livro que gostei muito de ter lido. Também não me recordo exatamente da idade que eu tinha quando li este livro, assim como não me lembro de todos os mínimos detalhes da história, então tive que recorrer a algumas pesquisas básicas para relembrar alguns detalhes e redigir este post.

Em 1942, Anneliese Marie Frank ganha um diário de presente ao completar 13 anos e nele começa a relatar a vida comum de uma garota no início da adolescência. Pouco depois, sua irmã recebe uma notificação da SS, fazendo com que a família se esconda no “Anexo Secreto”, um esconderijo improvisado nos fundos do escritório de seu pai. No decorrer do livro são relatadas as dificuldades de adaptação à vida no esconderijo, as (muitas) limitações, o convívio dificultoso entre a família e mais quatro amigos judeus também escondidos no mesmo local. Durante o tempo em que se mantiveram escondidos, tiveram a ajuda de alguns funcionários e amigos do escritório de seu pai para o abastecimento de comida, vestuário e itens de higiene. Apesar de serem abordadas diversas questões da época, o diferencial são os relatos bastante pessoais e o cotidiano dos habitantes do esconderijo, tudo sob o ângulo de uma menina. A instabilidade, os conflitos da adolescência, a descoberta da sexualidade e do amor se fazem presentes e, inclusive, percebemos o amadurecimento de Anne através das páginas do seu diário. Com todas as dificuldades e tristezas, ainda havia lugar para a esperança e perspectivas para o futuro. Os longos meses no esconderijo tiveram fim ao serem denunciados aos nazistas, e Anne foi, então, levada para um campo de concentração. Os habitantes do “Anexo Secreto” foram inicialmente deportados para Auschwitz; depois, Anne e sua irmã, Margot, foram separadas dos pais e levadas a Bergen-Belsen. Em 1945, meses após a deportação, Anne falece com apenas 15 anos, vítima de tifo. Dos habitantes do Anexo, Otto H. Frank, pai de Anne, foi o único sobrevivente após a guerra (falecido em 1980). O “Anexo Secreto”, em Amsterdã, é hoje um museu (Casa de Anne Frank).

Muito além de simples relatos de acontecimentos dos mais tristes e vergonhosos já vivenciados pela humanidade, este livro é uma verdadeira lição. Envolto em emoção e sinceridade, faz com que acompanhemos de perto a vida das pessoas no Anexo. Se por um lado os relatos são muito pessoais e não podem ser tidos como verdades absolutas em termos de História, eles são ricos justamente por serem individuais, dando-nos uma comovente dimensão do que os acontecimentos significaram na vida das pessoas. Através destes relatos, podemos enxergar as atrocidades daqueles tempos sob outro ângulo, bem diferente das meras estatísticas apresentadas nos livros de História.

Acho interessante comentar que existem controvérsias quanto à autenticidade do famoso diário, questionada desde sua primeira publicação, principalmente por Robert Faurisson, um negacionista do Holocausto, condenado diversas vezes por “contestação de crimes contra a humanidade”.

Finalizo aqui, com uma simples verdade: O Diário de Anne Frank é um livro que merece ser carregado conosco por gerações.

Título: O Diário de Anne Frank
Autor(a): Anne Frank, Otto H. Frank, Mirjam Pressler
Ano da obra: 1947

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