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Lançamento - Zumbis: Quem disse que eles estão mortos?

Ademir Pascale 29 de maio de 2010 Aline T.K.M. 3 comentários

No dia 06/06/2010 (domingo) acontecerá o lançamento do livro Zumbis: Quem disse que eles estão mortos?, uma coletânea com a participação de vários autores e com Ademir Pascale como organizador.

Local: Ludus Luderia, Bar e Café - Rua Treze de Maio, 972, Bela Vista, São Paulo
Horário: das 17h às 21h.
Entrada franca
Clique no convite ao lado para vê-lo ampliado.

Compareça para um bate-papo, aproveite e pegue o seu autógrafo!

Em pleno século XXI eles foram quase esquecidos, mas nos espreitam constantemente pelas sombras. Sabe aquele friozinho na espinha que sentimos quando parece que alguém está escondido nos espiando? Pode acreditar, são eles: criaturas cadavéricas, mortos-vivos, seres infernais e catatônicos, ou popularmente chamados de “zumbis”. Afinal, quem disse que eles estão mortos?

Fuja das sombras. Passe longe das tumbas. Corra o máximo que puder. Conheça a trajetória desses horríveis canibais em contos contundentes com heróis, mocinhas e cidades infestadas pelos malignos servos dos rituais necromânticos.

SKOOB: Zumbis: Quem disse que eles estão mortos?
VÍDEO: Zumbis: Quem disse que eles estão mortos?

Crônica de uma Morte Anunciada [Gabriel García Márquez]

Gabriel García Márquez 17 de maio de 2010 Aline T.K.M. 8 comentários

O anúncio da morte de Santiago Nasar marca o início de Crônica de uma Morte Anunciada. Tudo começa com o casamento (sem amor) de Bayardo San Román e Ângela Vicário. Ela, não sendo virgem, é aconselhada por suas amigas a fingir a pureza inexistente, porém acabou não o fazendo e foi devolvida pelo marido na primeira noite. Interrogada pelos irmãos a respeito de quem teria sido o responsável por desvirginá-la, Ângela, sem pensar muito, entrega o nome de Santiago Nasar, e assim acaba por escrever a sentença final do rapaz.

A fim de devolver a honra a sua família, os gêmeos Pedro e Pablo Vicário decidem matar Santiago Nasar com as facas de abater porcos, e o anunciam incansavelmente a cada um que cruza seu caminho, na esperança de que alguém os impeça de cometer o crime. O anúncio da morte provoca preocupação em alguns, mas também descrença em outros e, dentro de poucas horas, toda a comunidade já sabe que matarão Santiago Nasar, com exceção dele próprio. No entanto, ainda que todos soubessem da desgraça que ocorreria, ninguém realmente impediu a morte.


Apesar de conhecermos a trágica sentença de Santiago Nasar logo na primeira página de Crônica de uma Morte Anunciada, a narrativa é tão instigante que torna impossível largar o livro antes de chegar ao final. Os acontecimentos são contados com uma velocidade feroz – assemelhando-se a uma produção jornalística – por um narrador que deseja desvendar a história juntando as peças de um quebra-cabeça. Ele colhe depoimentos das pessoas da comunidade e, tal como ocorre em uma investigação, existe a divergência. Muitos se lembravam do dia como uma “manhã radiante”, já outros insistiam no tempo ruim e céu sombrio.

Desde o momento em que Ângela Vicário nos revela o nome de Santiago como sendo aquele que a desvirginara, o narrador carrega a dúvida (e nós, leitores, também) sobre se Santiago seria mesmo o autor do ato ou se, culpando-o, Ângela na verdade encobria o nome de um possível amante. Os infelizes acontecimentos ecoaram por muitos anos na vida de Bayardo San Román e Ângela Vicário, fazendo-se presentes em forma de solidão; mas, também, acabaram por revelar para ambos uma luz no fim do túnel.

O momento em que os gêmeos Vicário matam Santiago Nasar é realmente singular, mas não vou revelá-lo por completo, de chofre, aos possíveis futuros leitores do livro. Assim, atenho-me a destacar o momento em que Pablo Vicário lhe deu uma facada no ventre e “os intestinos completos afloraram como uma explosão”. Alucinado, Santiago Nasar caminha “amparando com as mãos as vísceras penduradas” e, ao ser perguntado sobre o que lhe havia passado, ele apenas responde: “Me mataram (...)”.

É interessante como a obra nos mostra preconceitos e comportamentos demasiado arcaicos (se pensarmos nos dias de hoje) tão cravados na comunidade que acabam sendo normalmente aceitos, inclusive pelos vitimados, levando a que o crime adquira o papel de consequência irremediável e até necessária. Ao haver tanta gente avisada da morte e curiosa quanto aos últimos momentos de Santiago Nasar, é de admirar que ninguém o tenha visto lá pelos finais de seu trajeto para alertá-lo. Em resposta, o autor nos coloca uma frase, mais como uma reflexão, com a qual finalizo este texto: “A fatalidade nos faz invisíveis”.

Título: Crônica de uma Morte Anunciada
Autor(a): Gabriel García Márquez
Ano da obra: 1981

Vi na Livraria: O Devorador de Sonhos, de Gordon Dahlquist

Gordon Dahlquist 11 de maio de 2010 Aline T.K.M. 12 comentários


Se minha fila de leitura não estivesse consideravelmente extensa, com certeza teria comprado este livro para ser devorado o quanto antes. Pareceu-me muito bom; apesar de tê-lo colocado aqui no Vi na Livraria, tenho planos de lê-lo no futuro (talvez a médio ou longo prazo).

O DEVORADOR DE SONHOS, de Gordon Dahlquist, Suma de Letras.
SINOPSE: A história de O Devorador de Sonhos começa com um bilhete sucinto: uma carta de Roger Bascombe, noivo de Celeste Temple, escrita em papel timbrado e entregue pela criada numa bandeja de prata, dando fim ao relacionamento dos dois. Assim, sem maiores explicações e sob o clima austero da Inglaterra vitoriana, começa o romance de estreia do dramaturgo Gordon Dahlquist. A senhorita Temple, que foi para Londres em busca de um marido e não de aventuras, não se contenta com as explicações do bilhete e, tomada a decisão de investigar o motivo, vai parar num sinistro baile de máscaras.

Este é apenas o ponto de partida de uma jornada para bem longe do mundo respeitável que Temple estava acostumada. Para a jovem, a inexplicada rejeição funciona como estopim de uma busca aflita e atordoante, capaz de colocá-la em perigo iminente. Para se proteger, Temple contará com aliados importantes. O Cardeal Chang, homem de reputação tão baixa que foi contratado para matar um homem, se vê surpreso ao descobrir que seu alvo mascarado já foi assassinado antes mesmo de ele alcançá-lo. Ao perceber que não pode mais confiar em quem o contratou, se lança à caça de quem quer que esteja se antecipando aos seus passos.

E também o Doutor Svenson, que nunca pediu para ser anfitrião de um príncipe, mas se dedica ao posto da mesma forma. Até mesmo quando o gosto do príncipe pela devassidão o põe à mercê de tipos sinistros e de um processo diabólico que tem efeitos nefastos sobre a mente humana. O caminho destes três personagens os levará até o interior de uma propriedade em ruínas: a Mansão Harschmort. Palco de violência e libertinagem, a casa evoca as lembranças mais íntimas dos personagens de O Devorador de Sonhos, porque exatamente ali todos eles perderam alguém muito querido.


Feios [Scott Westerfeld]

Ficção científica 6 de maio de 2010 Aline T.K.M. 9 comentários

FEIOS me chamou a atenção, primeiramente, pelo título. Não aguentei de curiosidade e tive que encaixar o livro na minha fila de leitura – furando a fila, diga-se de passagem. Eu sei, a resenha está imensa; os pensamentos começam a surgir e as palavras borbulham, é difícil controlar! Por isso, agradeço desde já quem tiver a paciência de ler até o fim!

Tally Youngblood é feia. Não, isso não significa que ela seja alguma aberração da natureza. Não. Ela simplesmente ainda não completou 16 anos. Em Vila Feia, os adolescentes ficam presos em alojamentos até o aniversário de 16 anos, quando recebem um grande presente do governo: uma operação plástica como nunca vista antes na história da humanidade. Suas feições são corrigidas à perfeição; a pele é trocada por outra, sem imperfeições ou – nem pense nisso – espinhas; seus ossos são substituídos por uma liga artificial, mais leve e resistente; os olhos se tornam grandes; e os lábios, cheios e volumosos. Em suma, aos 16 anos todos ficam perfeitos.
Tally mal pode esperar pelo seu aniversário. Depois da operação, vai finalmente deixar Vila Feia e se mudar para Nova Perfeição, onde os perfeitos vivem e se divertem (o tempo todo).
Uma noite, ela conhece Shay, uma feia que não está nem um pouco ansiosa para completar 16 anos. Pelo contrário: Shay pretende fugir dos limites da cidade para ir viver na Fumaça, um grupo/comunidade de fugitivos, e sobreviver retirando seu sustento da natureza.
Para Tally, isso é uma maluquice. Quem iria querer ficar feio para sempre ou se arriscaria a voltar para a natureza e queimar árvores para se aquecer, em vez de viver com conforto em Nova Perfeição e se divertir à beça? Mas, quando sua amiga desaparece, os Especiais, autoridade máxima desse novo mundo, propõem um acordo a Tally: se unir a eles contra os Enfumaçados ou ficar feia para sempre. A escolha de Tally irá mudar o mundo ao seu redor, mas, principalmente, ela mesma.


Confesso que as primeiras páginas não foram tão interessantes e animadoras quanto eu esperava. Até cheguei a ter a sensação de que seria tudo “adolescente demais”. Realmente me pareceu um livro mais voltado a adolescentes, mas não é nem um pouco restrito a esse público. Conforme ia avançando na leitura, a história ganhava mais corpo e me atraía mais.

O cenário é futurista e nos deparamos com objetos inimagináveis, como anéis de interface e pranchas voadoras, permitindo que a imaginação voe alto ao ler cada linha. Algumas passagens, no entanto, podem parecer um pouco confusas. Refiro-me aos acontecimentos durante as viagens dos personagens, que algumas vezes mostram-se meio difíceis de serem imaginados, dando a sensação de que a imagem que fazemos não é exatamente o que o autor quis dizer com a respectiva descrição. Mas são só detalhes, nada que atrapalhe a leitura. Aliás, devo dizer que a leitura é bem simplificada e nada cansativa; o mundo no qual os personagens estão inseridos é acompanhado por explicações simples e coerentes acerca do funcionamento das coisas.

Gostei dos personagens principais, porém fiquei com a sensação de que a trama não me permitiu que os conhecesse muito bem. Não sei se foi só uma sensação, mas senti que faltou algo em relação a eles, talvez sentimentos e pensamentos mais elaborados, não sei. Algumas coisas que pensei a princípio depois se mostraram errôneas, e ao final não consegui formar uma opinião concreta a respeito de cada um deles. Imagino que nos próximos volumes da série haverá mais da essência dos personagens. Mas este foi só um comentário bem particular, não se trata exatamente de um ponto negativo, foi uma impressão que tive e não sei se é provável que mais alguém compartilhe dela.

A melhor característica do livro, a cereja do bolo, são as reflexões que ele provoca e as múltiplas questões que ele desperta. Até que ponto a evolução realmente significa evolução? Por um lado, o evoluído mundo mostrado no livro é altamente sustentável, as necessidades parecem ser sempre satisfeitas, e não há motivo aparente para guerras, desentendimentos ou sentimentos medíocres. Apesar de tantas vantagens, tudo se torna obsoleto com imensa facilidade, desde os mais simples objetos até sentimentos e relações, e inclusive as próprias pessoas. Se algo não tem mais utilidade, é descartado. O desapego é tanto que as pessoas não se importam em perder seus traços de nascença, se isso lhes garantir a perfeição. Auto-estima é algo inexistente e, sem possuir uma base sólida, construída através de valores e confiança, as pessoas passam a apoiar-se no status, na aparência, no “ter” na pele de um falso “ser”. E será que tudo isso está só nas páginas do livro?

Outro ponto interessante que podemos notar (e pensar sobre) é a questão da alienação. Em um pequeno diálogo entre Tally e Shay, isso é bem evidente:
– É tudo tão grandioso – murmurou Tally.
– É isso que ninguém percebe lá de dentro – disse Shay. – Como a cidade é pequena. Como eles têm de manter a pequenez de todos para que permaneçam presos.
Os perfeitos (e os feios na ansiosa espera por tornarem-se perfeitos) são manipulados de forma a acreditar que só existe um modo de vida – perfeito, por sinal –, e que não há nada diferente daquilo que conhecem. O mundo se restringe aos limites do que é conhecido por eles. E quando há alienação não há poder de escolha; a existência de possíveis opções é ignorada por todo mundo, ou quase. Pensando nisso, é possível comparar Feios com o filme A Vila, guardadas as devidas proporções. No filme dirigido por M. Night Shyamalan, uma comunidade vive isolada, com seus costumes, tradições, hierarquias e um modo de vida um tanto ultrapassado. Um pequeno grupo representa a autoridade máxima lá dentro, criando artifícios baseados no medo para que a comunidade e o modo de vida sejam intocados, ocultando de todos os habitantes (portanto, mantendo-os alienados) o fato de que fora da comunidade existe um mundo muito mais avançado, uma realidade totalmente diferente da vivida por eles. Essa comunidade do filme parece estar em uma época distante (tipo séculos passados) e ignora completamente que, na verdade, está inserida em um mundo como o atual.

Também é possível perceber em Feios alguma semelhança com o Mito/Alegoria da Caverna , de Platão, que conta mais ou menos o seguinte:

Existem alguns prisioneiros em uma caverna, acorrentados nela desde o seu nascimento. Eles estão presos de tal forma que tudo o que enxergam são sombras projetadas na parede diante deles. As sombras são reflexo de uma fogueira localizada atrás, na parte superior. Como tudo o que os prisioneiros conhecem são as sombras, eles acham que aquela é toda a realidade que existe. Um dos prisioneiros consegue se soltar e sair da caverna. Fica encantado com a realidade, percebendo que foi iludido completamente pelos seus sentidos dentro da caverna. Agora ele estava diante das coisas em si, e não de suas sombras. Diante do conhecimento, retornou à caverna e contou para os demais prisioneiros o que havia visto. Eles não acreditaram, e preferiram continuar na caverna, vendo e acreditando que o mundo é feito de sombras.

O Mito da Caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo. E aí entra a questão da essência X aparência. Em um resumo bem esdrúxulo, a realidade estaria no mundo das ideias (essência), porém a maioria dos indivíduos vive na ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis (aparência), das imagens. Desta forma, as coisas que nos chegam através dos sentidos (tato, visão, audição, etc), são apenas as sombras das ideias. Quem estiver preso apenas ao conhecimento das coisas sensíveis não poderá alcançar o mundo das ideias (conhecimento inteligível). No livro, Tally e Shay conseguem sair da “caverna”, representada pela crença de que a vida em Nova Perfeição é a única realidade existente. E então surgem em nós, leitores, as perguntas: “o que fazer com a nova realidade descoberta? Como ‘abrir os olhos’ dos demais?”.

O livro também nos faz questionar sobre até que ponto as autoridades são absolutas e podem/devem interferir nas escolhas de cada indivíduo. A questão da manipulação... E os padrões impostos por meios externos (a mídia, por exemplo)... E a sociedade de massa... E a ideia de sermos observados todo o tempo... Etc, etc... Enfim, o livro dá margem a discussões variadas e consegue exitosamente unir entretenimento e reflexões mais profundas de forma simples e leve. Feios é para os leitores que querem ir além, enxergar o que está implícito na trama, fazer comparações e questionamentos; mas Feios também é para os que desejam apenas uma leitura descompromissada, leve e divertida. É um livro que pode ser lido e encarado de formas distintas. Inclusive, comparam-no a 1984, de George Orwell; embora ainda não o tenha lido, achei interessante a comparação.

Feios certamente fará com que os leitores fiquem instigados a ler o próximo livro da série (a menos que o leitor não tenha gostado mesmo do livro). Seja pelas tantas questões que parecem ser deixadas em aberto acerca da própria trama e dos personagens, seja pelo final que “não parece um final” (e confesso que deu uma raivinha por ter terminado justo naquela hora)... A história não é concluída neste primeiro volume, o que pode ser um tanto frustrante, mas, nesse caso, só nos resta esperar pelo próximo livro da série.

Título: Feios
Autor(a): Scott Westerfeld
Publicação original: 2005


LEIA O REVIEW DE PERFEITOS
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LEIA O REVIEW DE EXTRAS


Promoção Draculea - Resultado!

All Print 5 de maio de 2010 Aline T.K.M. 11 comentários

Confiram abaixo o resultado da promoção Draculea - O Livro Secreto dos Vampiros, cujo vencedor(a) levará um exemplar autografado do livro:


E a vencedora foi....

PARABÉNS, Stephanie Millena!! =)
Agora mesmo enviarei um email à vencedora, que terá o prazo de 3 dias para responder.

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