Branca de Neve e o Caçador [Lily Blake, Evan Daugherty, John Lee Hancock, Hossein Amini]
Evan Daugherty 29 de agosto de 2012 Aline T.K.M. 10 comentários
Quem você será quando for confrontado
com o fim?
O fim de um reino.
O fim dos bons homens.
Você correrá?
Você se esconderá?
Ou perseguirá o mal com um orgulho venenoso?
Há dez anos, a vingativa Rainha Ravenna assassinou o rei na mesma noite em que se casara com ele. No entanto, dominar o reino tornou-se um sofrimento para a Rainha. Para salvar seus poderes e manter-se jovem e bela para sempre, ela deve devorar um coração puro, e Branca de Neve é a única pessoa com esse coração. A fim de capturá-la, Ravenna recorre ao Caçador, o único homem que já se aventurou pela Floresta Sombria e sobreviveu. Branca de Neve será morta pelo Caçador? Ou será treinada por ele e se tornará a melhor guerreira que o reino já conheceu?
Diferentemente da maioria das adaptações, nesta aqui, o livro foi baseado no filme, e não o contrário. Talvez isto tenha contribuído para a falta de identidade da narrativa.
Branca de Neve e o Caçador tinha potencial para ser um ótimo romance. A proposta de uma adaptação um tanto sombria do conhecido conto de fadas, com uma protagonista que luta pelo que acredita, é deveras válida, atraente até. No entanto, uma narrativa pobre e descrições insossas puseram tudo a perder. A trama carece de detalhes e de personalidade, fazendo com que o leitor não encontre o encanto que o faria mergulhar na história. Até os momentos de ação parecem foscos e acontecem de maneira breve, quase despercebida.
A superficialidade atinge também os personagens. Todos, sem exceção, são fracamente desenvolvidos e, assim como o próprio texto, não surpreendem em momento algum. Se fisicamente a obviedade do clássico perpetua (a loirice da Rainha Ravenna e o porte másculo e cabelo desalinhado do Caçador que o digam!), seriam esperadas algumas peculiaridades e certo aprofundamento de caráter. Ao invés disso, nos são entregues figuras ocas que repetem frases prontas. E só.
Para algo (bem) descompromissado, o livro pode até entreter. Mas, francamente, essa releitura de Branca de Neve poderia ter feito bem melhor. A impressão que ficou é a de que a adaptação – que ganhou roupagem mais teen, com ares “girl power” – parece ter sido concebida com o único objetivo de incrementar a marca Snow White and the Huntsman.
Em tempo: apesar de tudo, a edição é caprichadinha. A divisão dos capítulos e das partes do livro é estilizada seguindo o aspecto medieval da história.
com o fim?
O fim de um reino.
O fim dos bons homens.
Você correrá?
Você se esconderá?
Ou perseguirá o mal com um orgulho venenoso?
Há dez anos, a vingativa Rainha Ravenna assassinou o rei na mesma noite em que se casara com ele. No entanto, dominar o reino tornou-se um sofrimento para a Rainha. Para salvar seus poderes e manter-se jovem e bela para sempre, ela deve devorar um coração puro, e Branca de Neve é a única pessoa com esse coração. A fim de capturá-la, Ravenna recorre ao Caçador, o único homem que já se aventurou pela Floresta Sombria e sobreviveu. Branca de Neve será morta pelo Caçador? Ou será treinada por ele e se tornará a melhor guerreira que o reino já conheceu?
Diferentemente da maioria das adaptações, nesta aqui, o livro foi baseado no filme, e não o contrário. Talvez isto tenha contribuído para a falta de identidade da narrativa.
Branca de Neve e o Caçador tinha potencial para ser um ótimo romance. A proposta de uma adaptação um tanto sombria do conhecido conto de fadas, com uma protagonista que luta pelo que acredita, é deveras válida, atraente até. No entanto, uma narrativa pobre e descrições insossas puseram tudo a perder. A trama carece de detalhes e de personalidade, fazendo com que o leitor não encontre o encanto que o faria mergulhar na história. Até os momentos de ação parecem foscos e acontecem de maneira breve, quase despercebida.
A superficialidade atinge também os personagens. Todos, sem exceção, são fracamente desenvolvidos e, assim como o próprio texto, não surpreendem em momento algum. Se fisicamente a obviedade do clássico perpetua (a loirice da Rainha Ravenna e o porte másculo e cabelo desalinhado do Caçador que o digam!), seriam esperadas algumas peculiaridades e certo aprofundamento de caráter. Ao invés disso, nos são entregues figuras ocas que repetem frases prontas. E só.
Para algo (bem) descompromissado, o livro pode até entreter. Mas, francamente, essa releitura de Branca de Neve poderia ter feito bem melhor. A impressão que ficou é a de que a adaptação – que ganhou roupagem mais teen, com ares “girl power” – parece ter sido concebida com o único objetivo de incrementar a marca Snow White and the Huntsman.
Em tempo: apesar de tudo, a edição é caprichadinha. A divisão dos capítulos e das partes do livro é estilizada seguindo o aspecto medieval da história.
Título: Branca de Neve e o Caçador
Título original: Snow White and the Huntsman
Autor(a): Lily Blake; Evan Daugherty; John Lee Hancock; Hossein Amini
Editora: Novo Conceito
Edição: 2012
Ano da obra: 2012
Páginas: 208