Vi na Livraria: No Limite, de Marin Ledun
À la française 29 de novembro de 2013 Aline T.K.M. 4 comentários
Soube do livro através de uma comunicação via e-mail da editora e fiquei interessada de súbito.
No Limite, do francês Marin Ledun, está sendo lançado agora no Brasil pelo selo Tordesilhas, da editora Alaúde. Em 2012, na França, o livro foi contemplado com o prêmio de melhor romance noir do ano.
O que tanto me atraiu neste livro é o tema. Divulgado pela editora como “uma crítica contundente ao ambiente de trabalho moderno”, No Limite mescla o real com a ficção. Aprecio o gênero policial – e aí o livro ganha mais um ponto – e fui tomada por uma curiosidade quase latejante ao saber que o autor se inspirou no caso real de uma onda de suicídios no seio da multinacional France Télécom – hoje Orange, a operadora do meu celular no meu ano francês – entre os anos de 2008 e 2009.
Os personagens são funcionários aniquilados pela pressão insana exercida por uma empresa que visa acima de tudo ao lucro e à produtividade. Nada diferente da vida real, eu diria. Entretanto, a inserção de um assassinato e tudo mais que acompanha um bom suspense policial parece conferir um bônus especial à história. E à minha curiosidade de leitora também.
NO LIMITE, de Marin Ledun, Ed. Alaúde.
SINOPSE: Médica de uma grande empresa de telefonia, Carole Matthieu atende funcionários esgotados pelo dia a dia opressor do trabalho. Como Vincent Fournier, ex-figurão da companhia rebaixado a atendente de telemarketing. Deprimido e à beira de um colapso mental, ele já tentara estrangular a chefe e se suicidar. Vincent estava morrendo aos poucos, e Carole decide apressar as coisas. Frustrada com a insensibilidade de seus superiores, ela desenvolve um senso bastante peculiar de justiça e uma obsessão mortal por desmascarar o sistema.Como um grito de socorro, Carole decide assassinar Vincent Fournier, de forma a voltar as atenções ao que está acontecendo na empresa.
Mas um crime sempre traz consequências imprevistas. Como o bonito e jovem detetive Revel, encarregado do caso; ou o vigia Patrick Soulier, que estava no local na hora do crime; ou, ainda, a confusão mental que Carole enfrenta, entupindo-se de remédios e acompanhando furiosamente a investigação do crime que ela própria cometeu, enquanto planeja seus próximos passos.